O diário de Helga - Resenha


Nome: O diário de Helga


Autora: Helga Weiss

Gênero: Drama

Editora: Intrínseca

Páginas: 237






Filha de um bancário e de uma costureira, Helga Weiss começou a escrever um diário quando tinha apenas oito anos e seus país, a Tchecoslováquia, acabava de ser ocupada pelas tropas Alemanha nazista. As transformações do cotidiano dos 45 mil judeus de Praga foram registradas através de seu olhar infantil: o pai ficou sem trabalho; passou a ser obrigatório andar com as infames estrelas amarelas costuradas à roupa; e, o que mais revoltou Helga, como outras crianças judias, ela foi impedida de frequentar a escola. Tudo isso empalideceu, porém, quando tiveram início as deportações.

Em 1941, Helga e seus pais foram enviados ao campo de concentração de Terezín, onde a menina continuou a escrever sobre o cotidiano com riqueza de detalhes. E, seguindo a recomendação feita pelo pai, a desenhar tudo o que via. Apesar das precárias condições de moradia, da fome e das doenças, a garota descreveu também momentos de alegria, esperanças e descoberta do amor.

Em 1994, antes de Helga e a mãe serem enviadas para Auschiwitz, seu diário e seus desenhos foram escondidos em um muro pelo tio que trabalhava no departamento de registros de Terezín. E foi assim que esses preciosos documentos sobreviveram à guerra. Neste livro, encontra-se o diário completo, acrescido dos relatos sobre a sua passagem em outros campos de concentração e de uma reveladora entrevista dada por Helga ao tradutor Neil Bermel, autor da versão em inglês. 




Helga levava um vida tranquila, normal e feliz em Praga, até o dia em que o exército alemão invade Praga. Helga e assim como outros judeus foram proibidos de frequentar alguns lugares e começaram a usar a identificação. Estava tudo "OK" até o dia que a família de Helga recebe a carta de transportação para algum campo de concentração. 




Ela vai para Terezín, onde viveu por três anos . Nessa época, onde ela se sente satisfeita e feliz, mesmo com trabalhos escravos, doenças e fome. Foi onde ela se apaixonou, conheceu vários amigos e tornou Terezín, como seu lar, igual em Praga.



A vida "fácil" de Helga termina quando ela e mãe resolvem seguir os seus homens (no caso o pai dela e o menino por quem se apaixonou). O pai de Helga fala para elas ficarem, mas como todos sabiam, esse dia chegaria de qualquer jeito. Mãe e filha são transportada para Auschwitz. Helga fica horrorizada ao ver a situação do campo de concentração. Totalmente diferente de Terezín. Sua cabeça é raspada, ela trabalha mais de 12h por dia, passa fome (ficava dias sem comer), sentia frio e etc. 

"Estamos com vocês, amigos, tenham coragem, aguentem mais um pouco. Também somos prisioneiras, também desejamos voltar para casa."




Após de ir para Freiberg, começa os boatos de que a guerra acabaria e todos seriam libertados, pois os russos e os americanos estariam invadindo os lugares onde os alemães estavam. Helga em momento nenhum perdeu a sua esperança e viveu momentos de fugas onde teve até que dormir nos trens com mais de 50 pessoas.  Ao chegar em Mauthasen, após de dias e meses de ataques aéreos frequentes, fugas, trabalhos etc, a guerra acaba e Helga está entre as pessoas que sobreviveram a guerra.  

"... Lágrimas grandes e quentes rolam pela minha face. Lágrimas de alegria e de felicidade. Finalmente: Praga, a cidade pela qual ansiávamos. Finalmente estamos em casa."





Demorei um pouco para terminar de ler pelo simples fato de ser triste demais. Como já tinha lido Anne Frank, eu fiquei lembrando dela também. Helga sofreu muito, perdeu a infância cedo, mesmo com toda a tristeza e escravidão ao redor, ela tentou ser feliz. Encontramos nele fotos de Helga e sua família, desenhos feitos por ela, mapas pelos lugares que ela esteve. Tem algumas palavras em alemão, mas, o tradutor colocou no final do livro significado de todas (o que me ajudou a entender melhor o livro). Livro fácil de ser lido e que toca muito nossos corações. Helga conseguiu sobreviver ao holocausto e hoje nos conta sua história. 







Comentários

  1. Eu não encontrei palavras para explicar como fiquei viciada nas histórias da 2° guerra, ,muito depois da escola. Esse é um livro maravilhoso, e depois dele acabei conhecendo muitos outros <3
    bjos
    www.omundodatutty

    ResponderExcluir
  2. Eu também. Depois de que li Anne Frank, descobri outros livros parecidos, inclusive esse.

    beijinhos.

    ResponderExcluir
  3. Amo livros que falem da era nazista! Sou apaixonada por história! Fiquei muito interessada nesse livro nossa como não conhecia esse? Até agora não sei rs amei a resenha é obrigada por me apresentar a ele ❤😘
    aleituramagica.wordpress.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. HAHAHAHAAHHAAH eu adoro também, quanto mais leio com mais raiva fico desses nazistas. De nada, ele é simplesmente maravilhoso.

      Excluir
  4. Oii, tudo bem?
    Suas fotos ficaram um amor e a resenha linda!
    Gosto de livros emocionantes e livros asim eu também demoro para ler, deve ser uma leitura nem triste mesmo e interessante, acredito que toca mesmo a gente... Coloquei na minha lista!
    Beijos,
    Keth.
    Blog: www.parbataibooks.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Keth. Realmente é triste e ao mesmo tempo interessante. Obrigada pelo elogio, você vai adorar lê-lo.

      Excluir
  5. Não sei se estou preparada psicologicamente para isso! rs
    Parece ser bem forte e bem interessante. Gostei muito da sua resenha, amiga!

    Beijinhos!
    Luar de Livros

    ResponderExcluir
  6. Não sou preparada psicologicamente para historias como essas, sou muito mole e se eu ler um livro assim entro em depressão kkkkkk, juro que não consigo.

    Amei sua resenha, me deu vontade de ler, mas eu não consigo e é uma pena kkkk.

    Um beijooo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. HAHAHAAHHAH te entendo muito bem, eu fico com tanta raiva dos nazistas que tenho ódio de quem apoiava/apoia eles. É TRISTE!!!!

      Excluir
  7. Nunca tinha ouvido falar desse livro, já quero, mas antes tenho que ler Anne Franke. Amei a resenha e ter conhecido esse livro.

    Beijos,
    Garota Perdida nos Livros

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Depois que li Anne Frank fiquei cada vez mais envolvida em livros desse gênero. Vale a pena ler. E leia mesmo, é bom e forte!
      Beijinhos.

      Excluir

Postar um comentário